2O13 ▲ 6 de janeiro de 2013




A solidão prolongada ensinou-me a ser exigente. Quando me tornei na minha melhor companhia, vestia o véu do sorriso todos os dias, logo, não é a vida que dificulta as coisas. As pessoas é que tem muito medo de mudar para arriscar numa felicidade que não é garantida. Todos temos um trauma, um medo, algo que nos paralise. Mas transformar isso em espaço para crescer, pouca gente faz. E a partir de agora, eu sei quem quero atrair para a minha vida: pessoas que não me façam sentir que me estou a trair a mim mesma. Tudo é resolvido com um olhar distanciado e um afastamento físico. Não enfio mais poesia em situações onde a protagonista não sou eu. O que é que eu pretendo fazer? Investir no sossego ao meu próprio coração. E agora? Agora, não me entupo de ausências, e não me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos. Eu caminho desequilibrada, em cima de uma linha ténue entre a anormalidade e a loucura. Eu sou assim.



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