october vii ▲ 3 de dezembro de 2012




Este silêncio é assustador. Não porque talvez, esse não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele magoa. E ando muito ferida para suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabes? Porque esta incerteza toda tem-me desnorteado de mais, pois existe aquela ansiedade aguda que toma conta de mim minuto a minuto. E ainda há a saudade. E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longínquo. E, estou com pressa, e sede e fome de mais. Percebe como as minhas palavras estão a respirar com dificuldade? Então eu peço-te para não me deixares tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas venham e vão incansavelmente, lembrando-me do movimento da vida, a tua voz faz-me tanta falta quanto uma brisa. Não que me tenha faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm-me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber para onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto, até que alguém me venha abraçar novamente. Às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada. E não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que tu estejas bem. Só isso. 




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