dama de ferro ▲ 1 de novembro de 2012




Estou na fase do tanto faz. Tanto faz se eu estou feliz, tanto faz se eu vou acordar a chorar hoje, tanto faz se gostam de mim ou não. Estou sem opiniões formadas e concretas sobre nada. A minha vida está tão parada, nada acontece, a rotina é a mesma. Ando tão confusa que até me perco de mim mesma por vezes. Parece que o mundo conspira contra mim, nada para mim dá certo, nada que eu quero acontece. Preciso mais de mim. Sonho tanto mas tanto, que minha mente já está num nível avançado de confusão e nada de bom consegue tornar-se real pra mim. 
Sinto falta. Sentir falta é diferente de sentir saudade. A saudade bate, agonia, estremece. A falta congela, chora, entristece. A saudade é a certeza que a pessoa vai voltar. A falta é o querer ter de volta, mas saber que não vai ter. Agora larguei a mão de ser sensível. Desliguei-me dessa paranoia de o que é que os outros vão pensar ? E agir segundo a minha vontade, segundo aquilo que eu julgo certo, e que se foda os outros, afinal quem vai viver o momento sou eu. E se eu acordar arrependida ? E se eu errar ? Arquivo como experiência. Parei de seguir o ritmo dos outros só para agradar. Segui o meu próprio ritmo independentemente se vão ou não gostar. Isso de sentir tudo e não saber explicar nada só complica mais a minha cabeça. Mas a vida é mesmo assim: absurda. Absurdamente surpreendente, absurdamente inesperada, absurdamente abusiva e acima de tudo, ousada.

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