cinderela ▲ 13 de novembro de 2012




A noite estava temerosa. O reflexo da lua poderia ser admirado pelo resto da chuva deixada no asfalto molhado. O frio gelava a pele branca da menina que permanecia intacta e perdida entre aquelas quatro paredes, guardiãs de lágrimas, segredos e lamúrias. Castigo - repetia inúmeras vezes para o seu eu interior. A camisola velha e comprida sempre tapara o rasto de punição incorreta e violentada. Achava-se sozinha no mundo e deixara de lutar, há anos que caminhava de lado a lado com a derrota, e esvaía o dos mais puros líquidos, onde a sua pele branca era agora a tela daquela ínfima tinta vermelha. Soava as 12 badaladas e acabara a dor. Pelo menos a interior, essa mesmo que habitava dentro dela e a impedia de rasgar o dos mais belos sorrisos.
- Todos nós temos histórias, temos sonhos, temos um passado, temos momentos que jamais iremos esquecer. Porque fazes isso contigo mesma? Cometes os mesmo erros, insistes nas mesmas derrotas. Existe algo que te pode libertar dessa constante e sufocante dor. Não te percas de ti mesmo. Não te deixes cair ao extremo, para tentares levantar-te somente quando estiveres no fundo do poço. O mundo é cruel, sê cruel com ele e não contigo. De cada 10 coisas em que pensas, existe 11 que pode acabar com tudo isso, portanto não te magoes por quem não se magoaria por ti. Enxuga as lágrimas e, por favor, sorri e não desistas.





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