no ▲ 29 de outubro de 2012



Sou um livro aberto à multidão do vento, que arrastou todas as letras digitadas em mim, deixando-me em branco, gélida, sem nada a oferecer ou sorrisos a cumprir. Sinto-me um vidro estilhaçado, e cada pedaço tornou-se uma lâmina afiada que corta e entre corta o meu sorriso por dentro, bloqueando-me a respiração acelerada de guerreira que pela primeira vez se dissipou. É como se me arrancassem os olhos que jorram essa água salgada que me lembra o mar, a calmaria do mar, que antes do vento se tornar no meu inimigo, era a senti-lo na minha cara que eu o queria. Nunca me senti tão desnorteada, sabias? Estilhaçaste-me, rasgaste-me, roubaste-me e pintaste o meu mundo. E agora? Cansaste-te, cansaste-me, deixaste-me, voltaste e eu fui. Fim.




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