sem título ▲ 16 de junho de 2012




Eu imagino-te e desenho o teu perfil a meu gosto. Traço cada limite do teu rosto, cada sombra do teu olhar, cada linha da tua silhueta. Traço cada brilho do teu ser, cada pedaço do teu corpo, cada fio de cabelo. Não existe diferença entre nós. Não posso apontar uma qualidade em mim, e que em ti não esteja presente.  Não posso deixar-te ir agora. Não posso mentir-te, não posso perder-te. Tu és tão eu. Tu és tão meu sem o ser realmente. Tu és aquilo que eu quero e aquilo que eu menos posso ter. Tu és feito para mim, tu és o que eu sou.
E o meu coração, assim como o vibrar do meu corpo, indicam tudo aquilo que eu designava como impossível. Mas aconteceu, e da forma mais simples e bonita.



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