me . ▲ 23 de fevereiro de 2012




É um coisa tão minha, ficar a falar sozinha. Reclamo da vida, do mundo. Faço com tanta frequência que acabou por virar mania. Resmungo, conto para o vazio coisas sem sentido, gritando silenciosamente. Agora, é quotidiano eu murmurar sem motivos. Desabafos. É tão particular meu, que quando o desabafo se torna paralelo, assim exposto,  me tranco, bato as janelas, fico sem fala. Tão estranho. Sinto-me na obrigação de me entender, me aconselhar, mesmo que seja só por algum tempo, até achar a coisa certa a fazer . Acalentar-me de uma forma que conforte. Por ser tão insensata comigo em algumas ocasiões,  fez-me ter medo. E para amenizar, converso comigo, pus-me a ser o abrigo, que nunca ninguém foi para mim.





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