day 3 ▲ 13 de setembro de 2011




Neste momento, fico muda quando deveria verbalizar porque para mim, despedir-me do amor é despedir-me de mim mesma, e até hoje, ninguém especificou a forma correcta de o fazer. Dói. Trancar o dedo numa porta, dói. Bater com o queixo no chão, dói. Torcer o tornozelo, dói. Um estalo, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua mas, o que mais dói é a saudade. E sei que daqui para a frente, será essa mesma, a dor que te vai magoar durante longos anos.  Apesar disso, quero que daqui em diante, continues a lutar, forte e serena, como sempre foi, até porque a morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística e essa, realiza entre nós a junção, os corpos apensas têm o abraço e as almas têm o enlace. E se assim queres suportar a vida, fica pronta para aceitar a morte.

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