the same routine ▲ 24 de junho de 2011




Hoje em dia, para mim ver-te é como assistir pela décima vez ao cinema, continuo a adorar mas já conheço todas as cenas, já decorei todos os diálogos e não falho nenhuma sequência. Começa a ser monótono, parece que leio e releio o guião vezes e vezes sem conta. Mas apesar de tudo, ver-te é a melhor cena do filme da minha vida. Assisto e não resisto a cada fala e contracena tua. O cenário, em si, acompanha todas as cenas sem nunca mudar. Não existe troca de personagens. Somos os actores principais, mas tudo se reflecte a ti. Não precisas de nada, és verdadeiro. Realismo é o que acabas por dar á história. És tímido. E por isso, deixas que esta rotina monótona se repita dias e dias, até que desisti de as quantificar. Gosto. Apesar de saber que podia fazer algo para a mudar, deixo-a repetir-se. Gosto e deixo que cada dia seja igual a todos os outros. Porque no fundo, sou feliz. Sou feliz hoje, que por sua vez é o espelho do dia de ontem e vai ser o espelho do amanhã.



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